PARTE 5
Aviso 1:
Esta ficção erótica inclui elementos de submissão, traição e prazer interracial. Se esses temas não são do seu interesse, sugerimos que explore outras histórias.
Aviso 2:
Para entender melhor essa história, recomendamos a leitura dos capítulos anteriores. Ao final da página, há um botão para voltar e acompanhar tudo.
Capítulo 5: A visão de Fernanda
Fernanda tava nas nuvens. Finalmente a Larissa chegaria naquele dia. As últimas semanas tinham sido um saco. Mateus tava trabalhando até altas horas, e nas poucas vezes que ela topou com o Thiago (sozinho ou com os parças), ele deu em cima dela de um jeito nojento. Com a Larissa ali, ela teria companhia e não se sentiria tão vulnerável no prédio.
Fernanda voou pra porta quando a campainha tocou e abriu pra amiga. As duas gatas trocaram gritinhos e abraços se cumprimentando. O tour pelo apezinho durou só uns minutinhos e a Larissa jogou as tralhas no quarto de hóspedes. Fernanda mostrou o prédio da sacada pra Larissa, aliviada que nem o Thiago nem os amigos dele tavam lá fora. Depois do tour básico, Larissa trocou de roupa pra algo mais apropriado pro calor e a falta de ar no apê, o que significava shortinho e regata. Ela sempre teve um corpão magrelo, destacando os peitões, mesmo só indo pra academia de vez em quando. As duas se sentaram e passaram as próximas horas colocando o papo em dia, falando do Mateus e do Renato e fofocando pra caramba.
Umas horas depois, já quase escuro, Mateus ligou pra Fernanda. Ela atendeu meio alta. As meninas tavam bebendo vinho há um tempão enquanto jogavam conversa fora. Mateus ficou feliz que elas tavam curtindo, ele queria jantar com as duas na primeira noite da Larissa, mas ia ser mais uma noitada no escritório. Depois que Fernanda desligou, Larissa perguntou se elas podiam levar a bebida pra fora um pouco pra ela fumar. Fernanda topou numa boa, já que ia tá mais fresco lá fora do que dentro, e as meninas foram pro pátio, copos e garrafas na mão.
As meninas tavam tão distraídas bebendo e conversando no pátio que nem notaram o tempo passar. Já tava escuro há um tempo quando o Thiago, o Diego e outro amigo deles (que Fernanda depois lembrou que o Thiago chamava de Marcos no dia que se mudaram) chegaram perto delas. Como sempre, só de shorts de basquete e tênis, fazendo Fernanda se perguntar se eles tinham camisetas. “E aí, Fernanda! Qual é a boa, gata?” Thiago perguntou enquanto os caras se aproximavam e, sem serem convidados, pegavam uns lugares do lado das meninas.
Fernanda revirou os olhos e tentou avisar a Larissa com o olhar que esses eram os caras que ela tinha falado. Mas, seja pela bebedeira ou outra coisa, Larissa nem tava ligando pra ela. Fernanda notou que Larissa tava meio que em choque, olhando arregalada pro corpão do Diego enquanto ele sentava do lado dela e começava a falar. Fernanda não entendia o que o Diego tava falando pra Larissa, já que o Thiago começou a falar com ela ao mesmo tempo. “Noite perfeita pra tomar uns goles aqui, né? Vamo ficar com vocês um pouco.” Ele disse pegando umas cervejas geladas de um six pack e passando pros amigos. Marcos pegou a dele falando no celular e entrou, deixando Thiago e Diego com as duas minas. Normalmente Fernanda teria vazado, mas ela viu que Larissa já tava de papo com o Diego e o vinho tava deixando ela mais sociável e de boa que o normal.
“Só se você conseguir se comportar que nem gente.” Fernanda avisou se servindo de mais vinho.
“Pra quê? Isso não tem graça. Qualquer um pode ser educado, mas precisa ser macho de verdade pra te provocar.” Thiago se gabou, fazendo Fernanda rir bêbada, mesmo não querendo.
Fernanda e Thiago bateram um papo por um tempo, falando do básico tipo de onde eram e essas coisas. Thiago não tava tão folgado como sempre, o que deixou Fernanda mais à vontade. Por acaso o Thiago morava no prédio há vários anos. Ele até falou de uns lugares maneiros pra comer e beber nesse bairro meio zuado. Fernanda tava super interessada no que ele tava falando e prestou muita atenção, fazendo várias perguntas sobre as coisas que o Thiago contava. Nessa altura, o Diego e a Larissa também entraram na conversa.
Depois de um tempinho de papo entre os quatro, Thiago fez um brindezinho por estar bebendo com essas gatas. Thiago até convidou as minas pra sair pra beber uma noite numa balada ali perto. Fernanda deu um tapinha no bração tatuado do Thiago e lembrou ele que era casada, tudo isso rindo.
“Ele pode vir também. Por que não? Ele não sabe dançar?” Thiago respondeu. Fernanda até achou que podia não ser uma má ideia. Mateus precisava dar um tempo do trampo e Deus sabe que Fernanda tava precisando dançar. Eles combinaram de sair um dia no findi, Mateus incluso.
Enquanto o papo rolava solto, Fernanda sacou que Larissa tava na surdina já fazia um tempo. O sorriso dela tinha sumido, e ela encarava o nada, meio vidrada. Fernanda já tava meio alta e não tava pescando direito o que tava rolando. As coisas começaram a ficar meio embaçadas, e a luz fraquinha dos postes lá fora não ajudava muito. Mas o Diego, esse tava com um sorrisão de orelha a orelha. Fernanda achou que a Larissa só tava de porre mesmo.
Aí, do nada, Fernanda jurou ter visto um movimento por baixo da mesa de vidro. Ela forçou a vista, tentando focar naquele negócio se mexendo. Meio chapada, ela conseguiu distinguir algo escuro se esfregando na pele branquinha da Larissa. Fernanda quase soltou um grito. O Diego tava ali, passando a mão na parte de dentro da coxa da Larissa, e ela com uma cara de quem foi pega no flagra.
Nessa hora, Fernanda sentiu algo gostoso roçando nas suas costas. Quando ela se virou, viu que era o braço do Thiago em volta da cadeira dela, com aquelas mãozonas fazendo uma massagem. Fernanda pulou da cadeira na hora e mandou que eles tinham que meter o pé. Num piscar de olhos, ela agarrou a Larissa – que tava toda chocada e bêbada – e se mandou pro apê com ela.
Mal fecharam a porta do apê, Larissa cobriu o rosto, toda sem graça. Fernanda perguntou, tentando não soar muito na bronca, mas meio chocada:
“Que diabos rolou lá, hein?”
Larissa, ainda escondendo a cara, soltou:
“Ai, meu Deus! Nem eu sei! Não faço ideia do que deu em mim.” Ela começou a pirar. Fernanda a abraçou, tentando acalmar a amiga.
Depois de respirar fundo, Larissa desembuchou que quando bateu o olho no Diego, ficou completamente embasbacada com o corpão sarado dele. Quando ele puxou papo, ela simplesmente foi na onda. Ela confessou que fazia um tempão que um gato daqueles não dava mole pra ela daquele jeito.
Fernanda não tava acreditando no que tava ouvindo.
“Gato? O Diego!? Tá de brincadeira, né?” ela perguntou, encarando a amiga.
Larissa respondeu que achava ele um pedaço de mau caminho, gostosão mesmo. Ela admitiu que sempre teve uma queda por caras negros, principalmente os altões sarados. Até no colégio que elas estudaram, Larissa lembrou que ficava toda arrepiada quando um time de basquete com jogadores negros visitava a escola. Mas por causa do ambiente em que cresceram, isso nunca virou um lance e ela nunca abriu o jogo pra ninguém. Muito menos pro Renato.
O papo mudou pro Renato. Larissa não parava de se culpar pelo que tinha rolado. Poxa, ela tava noiva! Fernanda quis saber se tava tudo bem com ele, se tinha algum perrengue. Larissa garantiu que tava tudo às mil maravilhas. Claro, a correria do dia a dia tinha dado uma esfriada na pegação e na safadeza espontânea, mas não tava ruim não. Ela jurou que nunca ia trair ele. Nem acreditava que tinha deixado o Diego passar a mão nela daquele jeito, mas com certeza foi só aquela vez; tipo tirar um esqueleto do armário antes de casar. Essas coisas, sabe?
Fernanda tentou tranquilizar a amiga, dizendo que ela não tinha feito nada demais e que toda mulher tem direito de se sentir gostosa. Essas férias eram pra elas curtirem juntas e se divertirem, não era pra ficar se martirizando.
Do nada, a porta da frente se abriu. Era o Mateus chegando do trampo. Larissa foi correndo receber ele, e o papo morreu por ali pelo resto da noite. Mesmo tendo animado a Larissa, Fernanda tava besta com tudo que tinha ouvido. Como que ela nunca tinha sacado isso da melhor amiga? Como assim a melhor amiga dela tinha uma tara por negão? Ela guardou esse segredo por tanto tempo. E logo o Diego? Fernanda nunca imaginaria um cara menos provável pra fazer a amigona babar.
Naquela noite, já deitada, Fernanda não conseguia tirar da cabeça a cena do Diego, aquele negão parrudo, colado na sua amiga magrela e branquela. A imagem dele passando a mão naquelas coxas clarinhas e macias da Larissa ficou martelando na mente dela enquanto ela caía num sono agitado.