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CAPÍTULO 7: Laços de Amizade

Compartilhando a Experiência

 

Sentei-me com Isabela na beira da minha cama e descrevi o que aconteceu depois que todos saíram da sala. Ela segurou minha mão enquanto eu contava sobre nosso encontro, minha cabeça repousando em seu ombro. Ela escutava atentamente, e percebi que estava ficando animada. “Isso é incrivelmente excitante!” ela sussurrou. “Você é tão linda e ele é um verdadeiro garanhão… devia ter sido incrível.”

“Foi! Tão sexy e espontâneo. Mais quente do que as palavras podem descrever…” sussurrei.

“Imagino… como eu disse, você parece e cheira como se tivesse tido mil orgasmos!” ela observou, balançando a cabeça suavemente. “Que delícia!”

“Foi a experiência mais intensa da minha vida”, continuei. “Ele me deixou tão excitada! Fiz o boquete mais gostoso de todos e ele gozou dentro de mim três vezes. E tão duro e intenso! Então, não é de se espantar que eu esteja assim – estávamos pegando fogo!”

Isabela riu, colocou o braço em volta do meu ombro e me deu um abraço enquanto beijava minha testa: “Não me importo de te abraçar… só de pensar nisso já fico toda arrepiada. Eu teria ficado com medo!”

“EU FIQUEI com medo”, expliquei. “O que eu sentia era tão intenso… perturbador. Mas agora me sinto tão maravilhosamente satisfeita e relaxada. Como se todas as minhas preocupações tivessem desaparecido!”

“Vocês estão namorando agora?” Isa perguntou.

“Eu não sei”, admiti. “Jamal é tão doce e charmoso. Ele é provavelmente o cara mais másculo do campus, ou que qualquer mulher poderia desejar. Ele é tudo! Quem não o quereria? Mas Deus sabe que ele consegue todas as mulheres que quer. Por mais que ele tenha me feito sentir como sua rainha ontem à noite, eu simplesmente não sei. Se ele me quiser só pra ele, pode me ter. Eu nunca conseguiria dizer ‘não’ pra ele. Minha família teria que saber e lidar com isso. Se ele não me quiser exclusivamente? Bem… Eu ainda não conseguiria dizer ‘não’. Ele pode me ter incondicionalmente.”

 

Um Momento de Gratidão

Levantei-me e fiquei de pé diante de Isabela, peguei seu rosto em minhas mãos, abaixando-me para dar um beijo gentil em sua testa. “Obrigada por ser uma colega de quarto e amiga tão maravilhosa”, eu disse com um sorriso. “Você realmente me ajudou a processar tudo isso e eu não sei o que teria feito sem você. Eu te amo!” Eu a segurei perto do meu corpo quente, perfumado e devastado.

“Eu também te amo! Estou tão feliz que vocês se conectaram”, ela suspirou, retribuindo meu abraço com firmeza. Nos separamos e então tirei minha blusa e shorts, pegando uma calcinha limpa na gaveta. Vesti meu roupão e sandálias de banho, colocando a calcinha na bolsa. Segui Isabela para fora do meu quarto e continuei em direção ao banheiro feminino.

Estava sozinha quando entrei no chuveiro morno, ficando parada por vários minutos, deixando a água cair suavemente sobre meu corpo. Era reconfortante… tranquilo, refrescante e relaxante. Então me ensaboei, massageando delicadamente enquanto me preparava para o dia.

Os próximos meses após me entregar a Jamal Apo foram os mais maravilhosos e emocionantes da minha vida! Jamal e eu não tínhamos um relacionamento exclusivo e, como eu temia, acabei fazendo parte de seu “harém”. Mas, surpreendentemente, fiquei bem com isso! Aceitei naturalmente que um homem com um carisma sexual tão intenso tivesse um séquito saudável de mulheres. Na verdade, desenvolvi até uma amizade compreensiva com Rafaela, uma de suas favoritas. Era uma sensação satisfatória imaginar ela e outras mulheres bonitas admirando o homem que eu tanto adorava, e sendo envolvidas emocionalmente como eu fui.

De qualquer forma, esperava de coração que meu relacionamento com Jamal continuasse a florescer. E foi o que aconteceu! Ficamos mais próximos e desenvolvemos um relacionamento maravilhosamente gratificante.

Minha colega de quarto, Isabela, por outro lado, estava enfrentando problemas. Ela estava saindo com um cara chamado Leonardo ocasionalmente, mas ultimamente estava insatisfeita. Eu podia sentir sua frustração até que uma noite, depois de uma discussão ao telefone, ela soltou: “Terminei com ele! Que perdedor!”, exclamou, mostrando o dedo do meio para seu iPhone ao desligar.

“O que aconteceu?”, perguntei, preocupada.

“Leonardo e uns amigos mataram aula para jogar golfe”, ela respondeu, irritada. “Agora ele tá bêbado e não vem! Não nos vemos há mais de uma semana. E estou tão carente! Não sou feia, sou?”

Respondi com empatia: “Nem pensar. Você é linda!”

Ela veio me abraçar com um sorriso, que logo desapareceu. “Então por que ele não quer ficar comigo?”, questionou. “Ele é tão legal. Inteligente, ambicioso e bonito, mas às vezes age como se fosse mais velho. Eu não entendo.”

Dei de ombros: “Não sei. Gosto do Leonardo – ele é engraçado e tudo – mas talvez vocês dois não sejam compatíveis.”

 

Reflexões sobre o Amor

“Você é que tem sorte!” ela continuou. “Tô com inveja… deve ser incrível ter alguém como o Jamal, tão apaixonado! Vocês são mágicos juntos, e parece que ele prefere estar com você do que fazer qualquer outra coisa.”

Ri do comentário dela.

“O que é tão engraçado?”, ela perguntou, confusa.

“O termo ‘fazer amor'”, respondi. “Parece tão antiquado.”

“E como vocês chamam?”, ela perguntou. “Sexo? Transa? Isso soa tão vulgar e sem emoção!”

Depois de pensar um pouco, respondi: “Acho que nunca refleti muito sobre isso. A gente nem fala tanto. Geralmente, o Jamal e eu nos comunicamos sem palavras. Simplesmente sabemos o que queremos e acontece. Eu entendo exatamente o que ele deseja e onde me quer sem que ele diga nada – ele tem um poder sobre mim. Mas é muito emocional – os sentimentos são intensos demais. É mais do que só sexo ou diversão, ou qualquer coisa que a gente normalmente pensa quando tá com um cara. Quando estamos juntos, o propósito básico de tudo – a reprodução – tá sempre na minha cabeça. Desde a primeira vez, fantasiei sobre o Jamal me engravidando. É uma excitação incrível! E mesmo não querendo isso agora, se acontecesse, sei que ficaria emocionada! No final das contas, quando estamos juntos, estamos acasalando. É a melhor forma de descrever.”

“Acasalando? Que esquisito!”, Isa exclamou rindo. “Parece coisa do Discovery Channel!”

“Esquisito, mas é verdade”, garanti.

O sorriso de Isa se transformou em curiosidade: “O que faz você se sentir assim? É o tamanho dele? Você me disse que ele é bem dotado.”

“Não é só o tamanho, embora o físico dele definitivamente tenha um papel”, expliquei. “É tudo! O jeito que ele cheira e sua voz. E claro, a aparência: o rosto lindo e aquele corpo quente e moreno. Parece tão natural se entregar a um homem tão másculo. No fundo, você sabe que é biológico – escolher alguém como ele é o que a natureza planejou.”

“Essa ideia é quente!”, Isa observou. “Que é algo além do seu controle. Acho que entendo um pouco.”

“É, é quente mesmo!”, concordei. “É uma coisa estranha e poderosa – afinal, somos animais. O Jamal é tão intenso, e fisicamente ele é inspirador. Tudo nele é tão forte e definido.”

“Sei… sempre amei as mãos dele. Notei o mesmo em outros caras negros, mas especialmente no Jamal. As mãos dele são lindas! Nunca achei que descreveria as mãos de um homem como ‘lindas’, mas as dele são. Tão fortes, escuras e definidas. Esculpidas.”

“Uhum”, concordei. “Elas parecem e são tão boas no próprio corpo dele e no da gente.”

“Eu sei”, Isa concordou.

“Como você sabe?”, perguntei, surpresa.

Ela respondeu rápido: “Ah, já dancei com o Jamal e outros caras negros nas baladas quando a gente saía. E lembra quando o Jamal se apresentou e apertou nossas mãos? Ele não fez aquela coisa de ‘Ai, sua mão é tão delicada que mal vou tocar’ como muitos caras fazem. Ele pegou gentil e educado, mas com firmeza! Foi tão bom e seguro, e a mão dele parecia tão quente envolvendo a minha”, explicou Isa.

“Nossa, sério?”, perguntei surpresa. Concordava totalmente, mas foi estranho ouvir Isa falando assim do Jamal.

“Não me leve a mal! Mas sim… é diferente e sexy”, ela explicou.

Isso foi revelador. Senti uma descarga de adrenalina, até uma pontada de ciúme. Mas principalmente, ouvir ela dizer essas coisas me intrigou e excitou. Busquei saber mais: “Então você basicamente admitiu que acha o Jamal atraente…”

“Bom, nunca foi segredo… a gente sempre concordou que ele é lindo. Já falei mil vezes que ele é gato! Mas não distorça, como se eu tivesse interessada nele”, ela insistiu com um sorriso maroto.

Sua brincadeira me fez sorrir de volta. Me controlei e respondi tranquilizando: “Isa, tá tudo bem! Não tô dizendo que tem algo errado. Só acho engraçado, já que você sempre dizia que homens negros eram intimidadores. Pra mim, essa parte intimidadora sempre foi atraente. Acho que talvez você concorde, mas tem medo de admitir?” Ela deu de ombros e interpretei como concordância.

“Então todo esse tempo falando que homens negros eram assustadores, você na verdade gostava deles”, afirmei. Após uma pausa, ela assentiu sem me olhar. “Quando você percebeu isso?”, continuei.

“De novo, quando conhecemos o Jamal”, ela respondeu sem hesitar.

“Tipo, quanto tempo depois?”, questionei.

“Tipo imediatamente”, ela confessou. “Ali mesmo, naquele dia.”

 

Lembranças de uma Noite

“É, ele estava incrível!”, concordei sorrindo. “Meu Deus! Lembrei de uma coisa!”

“O quê?”, ela perguntou curiosa.

Eu ri, provocando: “Tem certeza que quer saber?”

“Fala logo!”, ela insistiu.

Elaborei: “Lembro que depois que ele saiu, a gente arrumou as coisas e foi tomar banho. Nos preparamos pra dormir, mas ficamos tão animadas por estarmos juntas de novo que conversamos por horas. Lembra?”

“Lembro sim”, ela confirmou.

“Aí fomos dormir, mas deixamos as portas abertas”, continuei. “Comecei a pensar no Jamal e… bem, você sabe. Não queria que você ouvisse, então levantei pra fechar a porta. Aí ouvi algo. Você! Percebi que você também estava… se divertindo! Não pensei nada demais, mas era excitante, então deixei a porta aberta. Fiquei na cama ouvindo você e pensando no Jamal. Foi tão intenso! No que você estava fantasiando?”

“Para!” Isa exclamou. 

“Em que você tava fantasiando?” insisti, firme.

 “Beatriz , chega!!” ela implorou. Dei uma risadinha: “Agora tudo faz sentido… você tava pensando no Jamal também! Tava fantasiando com ele, né?” Ela engasgou! “Relaxa, pode admitir! Você tava pensando no Jamal”, afirmei. 

Depois de um silêncio que pareceu uma eternidade, ela finalmente confessou: “Tava…” Soltei uma gargalhada! “Que incrível! Mal conhecemos o Jamal e já távamos os dois loucos de tesão, sonhando com ele! Tô chocada que você nunca tenha falado nada, ainda mais sabendo que eu fiquei obcecada rapidinho.” 

“Pois é, por isso mesmo que eu fiquei na minha”, Isa explicou. “E eu tava com medo, achava que não ia ter coragem de ir em frente. Ele dava em cima de mim também, sabe como ele é galinha!” Nós duas caímos na risada! “Eu pensava nele o tempo todo”, ela continuou. 

“E comecei a me interessar por caras negros por causa dele. Mas eu não dava muita corda, principalmente porque tava na cara que você era caidinha por ele. Você sempre babou por onde ele passa. Sempre foi óbvio, por mais que você tentasse disfarçar. Quando você finalmente me contou, não era novidade nenhuma pra mim.” “Era tão na cara assim?”, perguntei, morrendo de vergonha. 

“Aham!” ela respondeu com um sorrisinho. 

“Você ficava de olho em cada movimento dele, bebia cada palavra. Ainda faz isso! Às vezes parece que tá hipnotizada. 

Todo mundo sacava que era muito mais do que aquela sua onda de irmã mais velha. As meninas até brincavam sobre isso.” “O que elas falavam?”, perguntei indignada. “Quem?” “Ah, você sabe, a Amanda e as outras”, 

Isa explicou. “Fica tranquila, elas te adoram e nunca falaram nada por mal. A Amanda, sendo a Amanda, soltava umas: ‘A Beatriz  tá caidinha pelo Jamal. Acho que ela quer ter filhos negros.’ Pelo visto ela tava certa! E antes da sua grande noite, quando ela tava te zoando sobre um negão te pegar e te arrasar. Essas coisas. Claro que eu nunca abri o bico, mas sabia muito mais que elas.” 

“Nunca fui boa em esconder!” Eu ri. “E aí, com que frequência você tem essas fantasias?” “Isso não tá ficando meio pessoal demais?”, ela rebateu, na defensiva. “Ué, eu já te contei quase tudo sobre o Jamal, sem falar dos meus desejos”, argumentei. Isa fez a carinha mais fofa do mundo quando cedeu:

 “O tempo todo – tipo quase toda manhã e antes de dormir. Às vezes durante o dia na aula quando tô agitada, o que é direto. E sempre me pego secando os caras negros.”

“Tudo por causa do Jamal?”, concluí. Isa fez que sim com a cabeça, toda fofa.

Fiquei pensativa e falei, meio triste: “Você é um doce. Se importou tanto comigo e com nossa amizade que se segurou de propósito. Teve tantas chances, e você é linda demais, ele com certeza teria ido, mas você não fez por minha causa.” Comecei a ficar emocionada, tocada pela atitude da Isa. Falei pra ela fazer o que achasse certo, com o Leonardo ou não, e que eu ia estar do lado dela sempre. Senti as lágrimas vindo, e vi que ela tava igual. Sentei e abracei ela bem apertado. Ela retribuiu enquanto a gente ria e chorava juntas.

 

A Evolução Sexual

A escola continuou e eu e a Isa ficamos cada vez mais próximas. Ela conseguiu se acertar com o Leonardo, e eu fiquei com o Jamal, que me fez crescer de vários jeitos. Principalmente na cama. Ele tinha um apetite sexual insaciável, e eu descobri que o meu tinha aumentado pra caramba. Desenvolvi uma capacidade de ter orgasmos profundos, muitas vezes violentamente gostosos, e mesmo assim sempre sobrava espaço pra mais. Parecia que sempre que eu e o Jamal ficávamos sozinhos com um tempinho livre, a gente acabava se agarrando.

E foi assim numa tarde de março. Eu tava especialmente excitada, já que a confissão recente da Isa não saía da minha cabeça. Como sempre, o Jamal me fez gozar várias vezes de um jeito de parar o coração, e enquanto a gente tava deitado na minha cama, eu desabei. Falei pra ele que tinha um segredo. Quando ele perguntou: “O que é?”, sussurrei no ouvido dele brincando: “A Isa tem uma queda por você! Ela me contou que sempre te quis, mas fica intimidada.”

O Jamal sorriu e revirou os olhos, dizendo que sempre soube que ela tava a fim dele. Bom, isso acabou com o meu grande segredo! Pensei que talvez ele só tivesse sendo convencido, já que Deus sabe como ele pode ser metido, mas ele continuou explicando como sempre pega ela olhando, e nessa hora ela vira rápido, toda nervosa. Foi um choque duplo ouvir isso dele!

Quando perguntei se ele tinha dado bola pra ela também, ele soltou: “Claro, né? Como não ia? Ela é um avião! Todo mundo em Fletcher considera esse quarto de vocês uma ‘Terra Santa’.” Aí eu quis saber se ele teria ficado com ela se ela tivesse sido mais direta. Ele só me encarou e falou: “Preciso mesmo responder?” Eu abri um sorrisão, minha imaginação e curiosidade a mil.

“Por que você não deu em cima dela?”, perguntei.

A resposta dele mostrou que ele manjava tudo da cabeça da gente: “Porque eu sabia que vocês duas tavam afim de mim, mas com medo. Também sacava que vocês são mais que só colegas de quarto. Têm uma conexão mais forte que a maioria das minas, quase como gêmeas. Vocês são demais e eu não queria causar treta. E eu sabia que vocês iam resolver isso e uma ou as duas iam acabar vindo atrás de mim.”

Minha curiosidade foi às alturas. “As duas???” pensei comigo mesma. Aí perguntei: “Quem você queria mais?” A sinceridade do Jamal me pegou de surpresa. A maioria diria: “Você, claro, meu amor…” Mesmo sendo mentira! Mas o Jamal foi na real e disse que nós duas somos gatas e qualquer cara mataria pra ficar com qualquer uma. Dei um sorriso tímido e falei que ele era um fofo. Jamal continuou: “A Isa é mais descolada, achei que ela seria mais aventureira. Você é mais doce e certinha. Vocês se completam. Mas eu sempre torci mais por você por causa da nossa amizade inocente. Vivia imaginando o que eu ia fazer com a minha doce e linda Beatriz  quando ela viesse até mim.”

Aquilo me derreteu toda, e quando vi já tava de quatro, costas arqueadas, pulsos presos nas costas enquanto o Jamal me pegava com força por trás. Ele me fez gozar mais três vezes até a gente ter que parar antes da Isa voltar pra casa.

As semanas pasBeatriz m voando e já era abril, faltando pouco mais de um mês pro fim das aulas. Uma noite, voltei pro nosso quarto depois dum dia puxado e encontrei a Isabela chorando de novo. Ela e o Leonardo tinham brigado outra vez. Eles pareciam bem nas férias de primavera, mas agora tavam se estranhando de novo. Achei que essa montanha-russa emocional não tava fazendo bem pra ela, então sugeri que ela terminasse de vez. Simplesmente não era uma boa. Depois duma conversa longa, ela topou e em um ou dois dias, acabou tudo. Fiquei super orgulhosa da minha Isa! Mas ela tava estressada, então propus sair um pouco do campus pra espairecer.

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